GT 6 – Histórias e memórias das antropologias no Brasil e México
Atividade remota
Cordenadores: Christiano Key Tambascia (UNICAMP-Brasil) e Jorge Roberto Melville Aguirre (CIESAS-México).
As histórias do desenvolvimento da antropologia no México e no Brasil estão envolvidas em processos singulares de formação das instituições de ensino e pesquisa nos dois países, bem como guardam diferenças importantes no modo como relacionam-se com o Estado e suas populações nacionais. Entretanto, um olhar sobre as distintas trajetórias da disciplina permite uma reflexão sobre a prática antropológica neste contexto latino-americano e também possibilitam delinear debates comuns para seu futuro. As histórias da antropologia nestes dois países costumam ser contadas delineando-se a circulação de saberes com as tradições constituídas nos centros hegemônicos na Europa e Estados Unidos, mas ao mesmo tempo ressaltando uma ênfase no estudo “para dentro”. Neste sentido, elas estão entrelaçadas ao pensar sobre a nação, exemplificada na forma como o indigenismo é praticado por muitos dos intelectuais que são considerados figuras-chave de sua institucionalização (muitas vezes formados em outras áreas do conhecimento), bem como na estreita conexão com os museus nacionais e instituições científicas. A reflexão sobre as histórias da antropologia no México e no Brasil permite voltar a atenção para estes processos e para os supostos de trabalho sobre a alteridade, que em muitos casos encontra pontos de contato diretos, no intercâmbio de ideias, na própria formação de antropólogas e antropólogos que estudaram em universidades destes dois países, mas também na atenção às contribuições teóricas – sejam elas referentes às leituras particulares de paradigmas como o culturalismo, ou à formação de agendas de pesquisa convergentes, como os estudos sobre etnicidade, estimuladas na interlocução criada em congressos científicos americanistas e na participação de projetos de pesquisa internacionais. A proposta deste Grupo de Trabalho é convidar antropólogos e antropólogas destes dois países que têm dedicado atenção às conexões entre ambos contextos, ou que reflitam sobre a maneira como a disciplina desenvolveu-se ao redor de temas transversais, como o Estado, o poder, ou então as bases epistemológicas de sua formação. Apostamos que o estudo sobre a própria antropologia e sobre como sua história é contada torna-se fundamental para delinear novas possibilidades de diálogo entre México e Brasil.
Primera sessão 05 de setembro de 2022 11h-13h (horário de Brasília)
1. Fernando Salmerón Castro (CIESAS) – “Nuevo indigenismo neoliberal, educación superior intercultural y universidades interculturales en México”.
2. Leticia Durand (CRIM-UNAM) -Etnografía vegetal. Sobre el mundo que construimos en colaboración con las plantas.
3. Federico Besserer (UAM-Iztapalapa) – “Trabajo de campo más allá de las fronteras nacionales. Una reflexión desde la antropología mexicana”.
4. Perla Fragoso Lugo (Cátedras CONACYT- CIESAS-Peninsular) – “Violencias extremas de género en México: investigaciones e invidencias”
5. Francisco Javier Peña de Paz (COLSAN) –
Segunda sessão 06 de setembro de 2022 11h-13h (horário de Brasília)
1. Priscila Faulhaber (MAST – RJ) – “O ISA e respostas no Brasil e no México à americanização da antropologia”.
2. Amanda Gonçalves Serafim (Unicamp) – “As relações de Roberto Cardoso de Oliveira com a antropologia mexicana: a união de dois projetos pessoais”.
3. Antonio Carlos de Souza Lima (Museu Nacional – UFRJ) – “Indigenismo e antropologia: antropologias na ação entre México e Brasil, e além”
4. José Manuel Flores (UFRR): (Enviará en este fin de semana)
5. Amiel Ernenek Mejía Lara (UFBA): (Enviará en este fin de semana)